Sei que escrevo muita merda
Conheço e desconheço as métricas
Podem chamar de poema, poesia
Engedrada na mente
Expelida pela mão
Palavras em vão
Tentam transbordar sentimentos
Mas meu único ressentimento:
A rima fácil
Parece criação de menino
Que sou e tento esconder
Elaborando grandes idéias num vocabulário restrito
Cerceado pela linguagem
Desaguada pela vontade
De estourar ao menos uma barragem
Libertar o fluxo infinito das coisas
Sabendo que nosso Brasil
Não precisa mais
De mundos d'água
Sobrepondo tradições
Afogando as vidas de Javé
De tantos Zés, e Marias
Tendo como maior patrimônio
A história da lida
Essa sim
Vale a pena ser escrita
Já que são tantas as terras prometidas
Promessa de que da terra
Não se barram as vidas.
existem coisas que não se embarreiram a não ser que de barro da terra...
ResponderExcluirvaleu hermanO!