Quem te pagou esse mês
Trocando seu tempo, seu sangue
Por um efêmero salário
Apenas o necessário
Para se manter de pé com alguma alegria
Pequenas ostentações
Ilusões de consumo
Desviam o menosprezo do dia-a-dia
As mãos contam as notas
O rendimento foi satisfatório
Pago o imposto do importado
Viajo para Búzios no feriado
Sofro com as catástrofes
Ajudo a minha vida
Minha herença, meu patrimônio
Conquistado com muito suor ( alheio)
Mas eu creio, sou honesto
Pago em dia, sem acrescímos
Sigo as regras de mercado
Não dou moleza ao empregado
Hoje ele é bem remunerado
Tem muitos nas ruas, desempregados
Ninguém sabe a verdade
Uma face consumidora
Outra consumida
Apenas peças de um jogo
Muito maior
Mais que o tempo de uma vida perdida
(Re)acionando os alarmes
Cercando seus vales, campos
Respirando o ar, condicionado à um mundo desigual
Com oportunidades iguais
É claro!
Seja escravo
Porque sua hora vai chegar
Não queira se acostumar com a verdade
Veja a novela "das oito"
E sinta-se em casa
Sua casa
Onde os artistas,estrelas
Fazem uma caridade
Sincera bondade
De falsos corações
Seu dinheiro é sujo, manchado
De mãos podres que não mereçem seu trabalho
Acostume-se a lutar por liberdade
Ou fique preso numa cadeia sem grades.
Saiba que meus rifles apontam nesta mesma direção, soldado.
ResponderExcluirIntrépidas saudações!
Hasta luego.
Obrigado Capitão, estamos no mesmo front de batalha, armados com palavra e amor. A guerra está em nossas mãos!
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